"(...)Meias verdades
E muita insensatez."

(Flora Figueiredo)

domingo, 27 de junho de 2010

"Esses nossos silêncios"

Você se fazia de distante só pra eu poder te olhar mais um pouco. E eu olhava, e segurava sua mão e pedia pra você ficar. E pensava em como tudo poderia não ter mais volta, que você poderia não mais voltar. Enquanto isso, eu tinha medo do silencio e dos seus olhos cansados. Sem saber quando eles se cansariam de mim. Por dentro, eu gritava.. me dilacerava em dor. Dava pra sentir nossos corações de tão perto e tão longe que estavam. Mas você me abraçou e eu não quis te soltar nunca mais. E ficamos assim, abraçados por um bom tempo. eu pensava em como seria ficar dentro de você, eu queria me fechar em você. E segurava o choro, e perdia a coragem. Foi cena de filme, eu sei... o mais longo da minha vida. -Eu cansado! -Eu sei. -Eu to com sono. -Eu sei, eu também. Mas eu não me importo. -Eu te amo demais. Deixa eu ir agora. Já tá clareando. Vai dormir também, eu tenho que pensar. Você também tem que pensar. -Eu não preciso pensar... -Mas eu preciso, eu com medo. Você, às vezes, é demais pra mim.

2 comentários:

  1. "Vai dormir também, eu tenho que pensar. Você também tem que pensar.
    -Eu não preciso pensar...
    -Mas eu preciso, eu tô com medo. Você, às vezes, é demais pra mim."

    Oi, Gabriela. Acredito que o ser humano é exatamnte assim, não aguenta muito o outro quando é tocado. A gente tem medo e o outro tem medo da gente e tudo acaba ficando na constância da eterna busca do não ter medo já tendo.
    Gostei daqui, sabe? Fui procurar uma citação: ""A vida não gosta de esperar, a vida é pra valer, a vida é pra levar." e acabei caindo aqui. Confesso que gostei do tombo. =) Depois , se tiver um tempo, visite o meu blog e veja as coisas que deixo "Ao Relento". Beijos

    ResponderExcluir
  2. "E eu me pergunto se viver não será essa espécie de ciranda de sentimentos que se sucedem e se sucedem e deixam sempre sede no fim.” (Caio F.)

    ResponderExcluir