"(...)Meias verdades
E muita insensatez."

(Flora Figueiredo)

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

"Um recomeço é uma forma de se encontrar
 Por ser tranquilo, por ser sincero 
 Não me preocupa, o que não for é o que vai passar..." 
 (Sempre te quis - Herbert Vianna)

O que é mesmo o fim do mundo se não a falta de amor, a falta de paz e a falta de fé em alguma coisa?
Olha, meu bem... Nossos mundos estão mesmo acabando, nosso ciclo está desabando sob o céu e já não se pode fazer nada, além de olhar para as chamas caindo e pedir muito para que acabe mesmo. Ou só que alguma coisa fique.
Planos para o Ano Novo: Não fazer planos!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Sob(re) as vertingens

"O que são vertigens? Medo de cair? Mas então porque é que temos vertigens num miradoiro protegido com um parapeito? As vertigens não são o medo de cair. É a voz do vazio por debaixo de nós que nos enfeitiça e atrai, o desejo de cair do qual, logo a seguir, nos protegemos com pavor. "
(A Insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera) 


O seu afago apaga no meu peito todo o medo de ir adiante. Eu fui falar sobre vertigens e esqueci, meu bem. Olha só, esqueci da minha citação favorita, esqueci a minha canção favorita pra poder tocar pra você. Pra te tocar no coração, querido. Deixei o medo de ter medo passar.
Olho pela sua janela e estamos sob o mesmo céu. Estrelas sempre mudam e a gente só percebe depois que elas não existem mais. Brinco com o seu desespero, com a sua solidão. Que mania é essa de querer ser bastante para o mundo?
Você continua escondido sob os seus livros nunca lidos.Você me diz que quer solução. E quem é que quer problema, meu amor? Eu também quero a paz. Mas veja bem, não confunda solução com solidão. Solução é solidão a dois.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Olhos de vidro

"Diz pra mim, se vale a pena, amor.
A gente ria tanto desses nossos desencontros, 
Mas você passou do ponto e agora eu já não sei mais. 
Eu quero paz... " 
(Los Hermanos, A Outra)

Fiquei quieta porque tinha coisas demais para dizer. Então, fui tentando organizar os meus pensamentos para ter algum que não seja louco, que não seja você me tragando, assim como quem ama um cigarro, que fecha os olhos e sente a fumaça invadindo o seu corpo. Você também sente o calor se esvaindo pelos seus braços? O céu continua cheio de estrelas. Fecho os meus olhos pensando encontrar a paz, não vejo você. Tiro a areia que ficou no meu corpo, embalo a minha solidão.
Não há sinais, é esse o problema, compreende? Eu esperei um gesto seu, e não tive. Como sempre, vou em direção onde o vento é forte, não sinto os meus pés, mas sinto que vou cair. Segure os meus olhos, demais cansados de olhar a claridade e não conseguir enxergar nada além de um feixe branco apontado para o mar. Não vejo o farol, só uma luz que não me guia. Perdi o meu norte, meu amor. Perdi o amor antes de ter. Conheci o desespero da vontade, a cólera de não poder. Dê-me mais um trago, por favor. Que é pra os meus problemas irem embora com você. Que é pra essa dor, enquanto ainda não é dor, passar

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

"Seria muito esquisito ou impróprio se eu dissesse que quero te ver?" (G. Nunes)

"... anyway, que aconteça, que deixe marcas boas ou más, lembranças, tristes ou alegres, n'importe quoi. Que deixe material para o baú da memória, penso sempre assim, até nas maiores saias justas ..." 
(Caio F. Abreu) 


Quando você olha pra mim, é quando eu me sinto perdida. Escondo atrás do espelho o meu olhar sob o teu sorriso de vampiro, tua cara de vampiro, que suga a minha vontade de dizer qualquer coisa como um “oi, quero você agora comigo”. 
Mas quero, e tento não fantasiar com as suas incertezas. Não sei se quando você olha pra mim é o acaso, vontade ou só a sua visão turva. Só sei que você tem sido uma possibilidade que pintou no momento. E que eu quero me agarrar a ela, mesmo sem garantias. Mas então, você que está jogando no meu time, me acerta. E eu sigo doida, sem ainda estar doída, a procura de qualquer vestígio que responda a minha frase, com um “sempre te quis do lado de cá”. 
Não sei em qual lado estou mais uma vez.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

"E por tanta exposiçao a disposiçao cansou
 Secou da fonte da paciencia
 E nossa excelencia ficou la fora
 Soluçao é a solidão de nós
 Deixa eu me livrar das minhas marcas
 Deixa eu me lembrar de criar asas
 Deixa que esse verão eu faço só
 Deixa que nesse verão eu faço sol" 
(Samba de ir embora, O.T.M.)


Quero embalar meu corpo junto ao teu, quero dançar com você até os calos do meu coração passarem para os meus pés. Quero te dar a minha mão, quero te dar o meu amor. Quando eu acompanho o seu passo, você insiste em mudar de música. O meu compasso nunca é suficiente. Eu tenho medo do outro lado. Eu tenho medo das tuas palavras que soam como encantamento aos meus ouvidos. 
Vou enveredando de olhos fechados pelos teus caminhos, sem medo de me perder, e já perdida, imploro por redenção. Imploro pelas palavras que desfaçam o feitiço, só assim pra eu não ter a culpa e te culpar. Visto a minha roupa de vitima e culpo você pelo fim do mundo, pelo fim do meu mundo. Não aprendi a desamar, não sei o que é o oposto do amor.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Di-lata

"Quando há ferrugem, no meu coração de lata
É quando a fé ruge, e o meu coração dilata" 
(Quando a fé ruge, O Teatro Mágico)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

"Água de torneira não volta..."

"[...]Eu só não consegui foi te acertar o coração
 Porque eu já era o alvo de tanto que eu tinha sofrido,
Aí nem precisava mais de pedra,
Minha raiva quase transpassa a espessura do seu vidro..." 
(É mágoa, Elisa Lucinda)


Estávamos lá. Deitados na cama, tentando achar alguma paz em meio àquela confusão que éramos juntos. Mas foi quando você começou a dormir que eu pude aceitar uma série de coisas. enquanto você dormia, eu não consegui nem sonhar acordada. A sua paz era a minha falta de paz. Eu não conseguia dormir com você, sabendo que você não estava realmente ali para mim. Que você não ficaria o tempo necessário. 
O meu tempo sempre foi diferente do seu e as coisas não iam mudar. Não sabendo que eu não conseguia dormir enquanto você dormia. Foi ai que eu descobri que não estávamos somente de lados opostos na cama, estávamos de lados opostos na vida. Você não podia me dar o que eu queria, porque era você quem não queria. E quando alguém não quer alguma coisa, a gente não demora muito pra perceber, o problema todo era aceitar...
Ai já não dava mais para insistir. Era tiro no pé, na certa. Na saída do hospital, com o pé enfaixado, até pensei que depois disso você poderia nunca mais voltar. E fiquei por aqui, ainda com a arma na mão.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

" Não imagine que te quero mal. Apenas não te quero mais..."

    Não fique achando que mágoa é maldade. Não é. Mas também não queira que eu não sinta nada. Logo eu, que mesmo despedaçada, meus pedaços são de sentimentos. Mas é mesmo aquela história quando Lulu Santos disse "não imagine que te quero mal. Apenas não te quero mais..."
    Eu sempre tentei encobrir todas as suas desculpas com mais desculpas.Eu quero muito a sua felicidade, mas por favor, não peça para eu não me sentir machucada. Que eu já tentei muito não me importar. Acho que em todas as vezes que matinha-mos contato eu acaba alimentando os meus pequenos monstros internos sem ao menos saber da existência deles (o que eu quero dizer com isso é que todas as vezes que você voltava a me procurar, eu achava que a gente realmente tinha alguma coisa, além desse vazio que ficava quando você sumia). Mas eu não podia querer nada por você. E tudo com a gente ficava nas entrelinhas, e você nunca parecia entender que só o que eu queria era não me doer mais com tudo isso. A culpa também é minha por ter criado você do jeito que você nunca foi, que nunca quis ser, não comigo. 
    Mais uma vez, eu quero muito que você seja feliz, mas eu quero ser feliz também. E não dá pra ser feliz desse jeito, meu bem. Não dá pra ser feliz com todas essas duvidas e todos esses sentimentos que me perseguem porque eu nunca sabia o que você queria de mim. Eu tinha medo de você não me entender, o mesmo medo que eu tenho que você não me entenda agora. 
    É sempre a mesma coisa, mas é que, sei lá, as coisas pareciam menos complicadas quando eu estava com você. Ainda não terminei de gostar de você, mas não quero que você fique pensando nisso. Acho que há muito tempo as coisas já estavam esclarecidas entre a gente, eu era que tentava criar razões para a sua ausência.
    Você culpa a sua impulsividade, mas eu culpo o seu ego. Eu culpo todas as palavras que você me disse, que tudo ia se resolver, que tudo ia dar certo. Agora entendi que as coisas deram certo mesmo pra você. O tempo todo era só você que importava. Então, não queira dizer que você se sente mal com tudo isso ou que eu estou sendo extremista e que eu não te conheço. Quem não conhece alguém aqui é você. Eu não podia mais ficar cedendo as suas vontades e as suas ausências. 
    Se, algum dia, você voltar, volte com alguma atitude. Mas se for pra continuar com as suas duvidas, por favor, não me procure mais. Não me ligue, não queira ser meu amigo, não sorria ao me ver. Não me encare nos lugares. Faça o que você sempre fez muito bem, não se importe comigo. Porque eu, vou começar a não me importar com você. Só me procure se for pra ser tão sincero quanto eu fui agora.
Um beijo. 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

"Era uma casa não muito engraçada..."



Abro a porta e não há mais espaços para mim. Alguma outra coisa ou pessoa ocupou o meu lugar. Mas o meu desgosto é só não enxergar nada além de uma casa vazia. Uma casa vazia que, mesmo vazia, não me cabe. Na sua casa, nunca teve espaço para tudo o que eu queria te oferecer. No máximo, um pouco de afeto, mas só. Só, eu fui procurar abrigo em outras vizinhanças.
A cada porta que fica entreaberta, eu espero que seja a sua. Todas as vezes em que eu olho para a sua casa, não consigo decifrar o que você quer me dizer, se é que ainda existe alguma coisa para ser dita. Alguma palavra que reorganize os nossos cômodos, que me faça querer tirar a poeira dos meus móveis.
Eu desejo que a sua casa esteja sempre limpa, mas por favor, não queria vir e bagunçar a minha. Não a suje com as suas duvidas inúteis que só vão me fazer acreditar que, um dia, você vai voltar para a nossa casa. Agora, sem nós, essa casa já não existe. Deixa-me retirar a poeira que ainda resta e os restos dos cacos espalhados pelo chão, eu não quero mais me cortar com o seu vazio.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

"O inferno por dentro."

[...]Contou os anos? Quanto tempo esperei por você? Você crescer, você mudar, você mostrar algum remorso. Você tem de querer. Embora eu queira muito, mesmo eu querendo em dobro, não há como querer por você. Só quem enfrenta longas esperas sabe como é o inferno por dentro. Eu sempre falei, um dia alguém tinha de te dizer não. Eu queria que não fosse eu, porque aí eu poderia ficar numa boa e assistir você sofrer, nem que seja calado num canto, mas sofrendo, mostrando algum arrependimento ou qualquer traço humano. Quem sabe eu até enfiaria os dedos ainda com aneis no meio dos seus cabelos e diria que tudo ficaria bem. Agora é tarde, meu anel já se foi, nem os dedos ficaram.
Só que você sempre dá um jeito de se safar. Ficar seria tolerar suas mancadas. Você precisa perder pra entender onde errou, que isso que você faz é um erro, um dos feios. Que evitar e não tocar mais no assunto não é perdão ou esquecimento. É sufocar. E eu estava sufocando, morrendo na praia em frente ao mar de rosas que você anunciou, cheia de pétalas grudadas no céu da boca, entupindo os bofes, sem ar, uma vontade constante de regurgitar de volta suas garantias de araque. Partes de mim querem ir embora, partes de mim querem ficar. Ainda não terminei de gostar de você. Mas consegui. Agora fui. Porque comecei isso querendo ser sua companheira, passei a cúmplice das suas maldades, e ficar dessa vez vai me fazer sua comparsa. Não é um ‘até amanhã’ nem ‘até breve’ e nem ‘até mais’. É um ‘até você mudar’ ou ‘até você não ser mais quem você é’. Até nunca, então.

(Gabito Nunes)

terça-feira, 16 de outubro de 2012

"Primavera soprando um caminho mais feliz..."

"Mordo o último biscoito e respiro estimulada. Aí está onde eu queria chegar: milhares de coisas estão subentendidas. Nas entrelinhas. O lado omisso. Quero a verdade, M.N., meu amado, escuta, entenda isso, quero a verdade. E você sugere reticências. Omissões.
 (Lygia Fagundes Telles)



É por estar perdida que eu perco também o medo do que vem a seguir. Estou mais uma vez desarmada, não espero encontrar guerra pior do que a minha aqui dentro. E as mudanças e os bons ventos, acontecem o tempo inteiro. Meus pés estão no ar, a minha mente está leve de novo. E de novo espero a brisa leve da primavera. Quero amanhecer sentindo o cheiro das flores que vão desabrochar para mim, para qualquer pessoa que esteja leve pra a nova estação. A frieza do inverno não mais me amedronta, mas sei dos espinhos que as rosas podem ter. Espero, com todo o coração, não precisar me ferir para desabrochar. A mudança das estações traz mudanças internas. Por favor, estou olhando para dentro também. 

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

"A gente só não pode deixar de acreditar..."



Não quero mais sair por ai, pisando em um chão desconhecido, me cortando pelo caminho.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

"Toda dor passa, toda dor se esquece, toda dor termina." (Hoje é dia de Maria)


  (Foto: Doug Strickland)



O que eu carrego no peito, meu amor, é bem maior e mais pesado que tudo isso. Mas eu tenho pedido todos os dias que as coisas fiquem leves, para que eu aguente carregar. Não quero mais perder nada pelo caminho.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Continuo com medo. Continuo esperando o medo passar.

O sempre não existia até o amor existir.
O amor muda a gente. A falta de amor também.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O passado não reconhece o seu lugar. 
Está sempre presente. 
(M. Quintana)

terça-feira, 21 de agosto de 2012

"Porque Deus anda remendando com tecidos bonitos, o que a vida me descosturou." (Patricia Rocha)



Coisas novas e bonitas acontecem o tempo inteiro, eu só espero que aconteçam, então, pra mim. Mas que a minha delicadeza não fira ninguém, que o meu medo não espante um outro coração e que as coisas continuem a dar certo. As preces de agosto são carregadas de esperança, eu sempre soube. 
Que um novo amor me cure, que um novo amor me cuide.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Às pequenas preces diárias



(Imagem: Anastasia Stolbova.)


 Acho que se a gente não acreditar em pequenos milagres diários, ninguém mais pode acreditar em nada. Pois que a vida não é mais do que preces, ora concedidas por alguma coisa que eu não sei o que é. Eu só sei que a mágica acontece e está em todo o lugar. A questão é termos olhos suficientemente capazes de enxergar tudo isso e deixar para trás toda essa história de realidade. Porque a realidade só nos faz afastar do que realmente importa e da única coisa que sobrevive depois de uma grande desilusão, a fé em alguma coisa dentro de nós. Silenciosa, ela continua lá.

quarta-feira, 4 de julho de 2012







Ai um dia você está tentando sair do pesadelo que estava sendo viver, alguém te puxa pela mão e te solta. Em direção ao abismo, e voa leve pelo ar, enquanto a gente vai pensando se é isso mesmo que tá acontecendo; se o instante final é não haver um final e só saudade.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

‎"Que não seja preciso mais do que uma simples alegria 
Pra me fazer aquietar o espírito 
E que o teu silêncio me fale cada vez mais 
Porque metade de mim é abrigo
 Mas a outra metade é cansaço."
(Oswaldo Montenegro, Metade)

quinta-feira, 7 de junho de 2012

"Estamos nos acostumando a tempos de indelicadezas..."
(Rafael Mendes)

quarta-feira, 23 de maio de 2012

                                                                                                     (Foto: Gilberto Lyrio.)








"Poderia talvez dizer que ter vertigens é embriagarmo-nos com a nossa própria fraqueza. Temos consciência da nossa fraqueza, mas, em vez de resistir-lhe, queremos abandonar-nos a ela. Embriagarmo-nos com a nossa própria fraqueza, queremos ficar ainda mais fracos, cair por terra em plena rua à frente de toda a gente, ficar por terra, ainda mais embaixo do que a terra."
(A Insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera.)

terça-feira, 8 de maio de 2012

To care

"Quem procura, não acha. É preciso estar distraído e não esperar absolutamente nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado. Tudo é maya/ilusão. Ou samsara/círculo vicioso." 
(Caio F. Abreu) 


 Estou fazendo exatamente tudo àquilo que você me pediu, estou cuidando de mim.

terça-feira, 17 de abril de 2012

"E tem certas coisas que a gente aprende só com o tempo.
Respeitar o tempo, por exemplo."
(Bibiana Benites)
Compactue com o meu desespero, seja a minha solidão a dois. Mas seja alguma coisa. Porque alguma coisa falta, alguma coisa dói e alguma coisa fere. Nada mais justo que alguma coisa continue. Sem nomes, sem fantasia, sem rosto, a coisificação de nós segue o seu rumo. Pode não ser o mais certo ou o melhor, mas ainda sinto tudo isso se afastando de mim. Vai ver a gente era mesmo dos que ficam no caminho, no meio e não no fim. No fim, meu amor, só fica o que tem de vingar.

sexta-feira, 23 de março de 2012

"A maior parte das vezes, para escapar ao sofrimento refugiamo-nos no futuro. Julgamos que a pista do tempo tem uma linha marcada para lá da qual o sofrimento presente há-de cessar."
(Milan Kundera, A Insustentável leveza do Ser.)

sábado, 17 de março de 2012

Pousa os teus olhos sobre os meus, porque há sempre qualquer coisa que falta.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Para toda a sorte

O próximo passo era não pensar em coisa alguma. Ir levando do jeito que era, do jeito que tinha de ser. Não havia nada a fazer, além de parar de lamentar as perdas. Agora, memória curta e uma janela aberta curariam qualquer problema. O que é leve demais, meu amor - às vezes - o tempo leva.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

"Sem pensar em nada mais, fecho os olhos para esquecer. Dorme, menino, repito no escuro, o sono também salva. Ou adia."
(Estranhos Estrangeiros, Caio F. Abreu.)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

"(...)não é verdade que alguma vez tivesses sequer pensado numa possibilidade de salvação: sabias desde o começo da consistência ácida do que tecias, e no entanto persistias nela, como quem penetra num beco sem saída, caminhando pela estreita dimensão que sabias desde sempre intransponível: sim, tu sabias deste momento a construir-se desde o começo, e não fizeste nenhuma tentativa de evitá-lo..."
(Conto: O Afogado; O Ovo Apunhalado, Caio F.)

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

-

"Eu tô levando tudo de mim
Que é pra não ter razão pra chorar
Vê se te alimenta
E não pensa que eu fui por não te amar"
(Adeus você, L.H.)
- Enfim, eu só vim mesmo pra saber como você está...
(Silêncio: como estamos, o que vai ser de nós, se ainda há nós. O que está acontecendo,benzinho? Porque você tem que se mostrar distante desse jeito? Eu entendo, eu bem entendo porque eu também sofri. Mas você pareceu seguir tão bem, e pareceu se encaixar em outros mundos tão perfeitamente. Eu recolhi os cacos, limpei a casa e comprei outro vaso para flores. Mas ao contrario de você, que sempre troca de buquê, eu fui foi querer deixar a semente lá, pra esperar crescer. E toda vez que eu penso que a semente vai vingar... não sei se está faltando luz ou se eu reguei demais, com meus olhos.
Agora, eu estou aqui. Nesse silencio que vai me dilacerando. Só o que eu queria era não estar aqui, não aqui exatamente... mas aqui desse jeito. Porque desse jeito, meu amor, não dá mais. Eu sei que não dá mais. Eu vou me acostumar a falta, porque a ausência... essa sempre existiu.)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Tudo novo, de novo.

Quero a brisa leve do ano que chegou, e um amor doce feito mel. Quero perder o medo de amar de novo, o novo. Dessa vez, fiz um pedido ao acender as velas, quis ser feliz. Peço, com cuidado, para que não nos queimem com essa chama que se chama esperança. Espera, criança. O ano novo chegou e é tudo novo, de novo.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O que você tem de novo para o ano novo?

Que não nos falte coragem e fé, porque o que ilumina por dentro, irradia.