"(...)O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver."
(Tom J.)
- E o amor, cadê?
Todo solitário, ainda que não frustrado, odeia responder esse tipo de pergunta.
A minha dor só é menor quando sou eu que firo meus próprios pés. Quando alguém vai lá e coloca os cacos de vidro... É diferente. Do mesmo jeito que quando respondo esse tipo de pergunta, finjo um ar de indiferença.
Que me perdoem os amigos, mas eu não quero e nem gosto de assinar o meu atestado de fracasso. Aí já é pedir demais.
Não preciso verbalizar a constatação de que eu não estou procurando direito, que não sei olhar para os lados. Só sei ver amor no horizonte. Não me peça pra olhar para o lado achando que vou compartilhar a minha solidão. Desde pequena, sou egoísta. Não seria diferente no amor, para a minha tristeza...
Eu sei que você e o Tom acham que é impossível ser feliz sozinho. Mas eu fui justo aprender que felicidade tem que ser de dentro pra fora. Mas também sei que me bastar não é a mesma coisa que ser só. Convenhamos, chega dessa ideia de se projetar num amor. Aprendi o óbvio, mas que muita gente ainda esquece:
A dona do meu coração sou eu. Viu? É simples.
Não vou mais me incomodar a cada vez que me perguntarem onde está o meu amor. Ele está exatamente onde deveria estar, comigo! E ele se chama amor-próprio.
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