"(...)Meias verdades
E muita insensatez."

(Flora Figueiredo)

terça-feira, 3 de maio de 2011

Átimo

E a cada instante, eu não me acho. Eu não sou. Pra onde eu estou indo? Alguém me indique alguma direção. Porque eu não consigo continuar assim, sem norte.. Eu pensei que fugindo, os problemas iriam embora. Eles também fugiram...Só que desta vez, comigo. E essa sombra que não se afasta, nem fica. Eu sei que ela não se esconde, mas também não se mostra. Tudo fica nas entrelinhas e não quero mais ler esse texto,não quero mais saber como vai ser esse final, que eu já até sei de cor. Eu não sei porque eu continuo nesse suicídio lento. Lento e dolorido. Só eu saio partida, quero dizer, só eu não consigo sair. Minha cabeça dói. Estou tentando canalizar essa dor pra algum lugar, porque quando a gente não sente nada, é ai que se dói por inteira. Eu estou tentando sentir. Mas cansei de tentar. Eu cansei de tudo, mas ainda continuo. E por que, meu Deus? Estou tentando abrir as portas.

Um comentário:

  1. Por experiência própria, te digo: é só abrindo as portas com força, que a gente consegue, enfim, respirar. Enxergamos o colorido do mundo e deixamos que o vento canalize os problemas, traga soluções.
    É preciso dar um tempo, abrigar o silêncio e s'entender por completo porque só você tem as chaves que abrem essas portas. Quando encontrar as chaves, encontrará também, o fim das tuas angústias.
    Não cansa de tudo, não. Descansa. :)
    E boa sorte.

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